Saúde

Na saúde, a principal preocupação é a Displasia da Anca (DA), doença de componente hereditária e ambiental, pelo que há que seleccionar reprodutores sãos.

É fundamental no primeiro ano evitar esforços violentos ou prolongados, actividades desportivas ou o simples subir e descer de escadas.
A torsão de estômago é um problema comum às raças grandes, devendo alimentar-se o cão com uma ração de boa qualidade e grande digestibilidade, respeitar as dosagens, repartir a dose diária por 2 refeições e evitar esforços após as mesmas. NUNCA dar complementos de vitaminas ou minerais.

A Displasia da Anca (DA)

Descrição
A displasia da anca é uma doença que resulta da lassidão excessiva da cabeça do fémur na cavidade articular da anca. Na articulação de uma anca normal há um contacto estreito entre as superfícies articulares do cótilo (cavidade articular da bacia) e a cabeça do fémur (bem esférica). Na displasia existe uma lassidão anormal da articulação, com um desenvolvimento anormal da cótilo e da cabeça femoral.
A displasia da anca consiste no desenvolvimento anormal da articulação da anca. Os animais com displasia da anca (DA) podem apresentar subluxação (separação completa ou parcial) ou luxação (separação completa) da cabeça do fémur do acetábulo. Surge com frequência em animais jovens, devido, sobretudo, à laxidão do ligamento redondo, que liga a cabeça do fémur ao acetábulo.
Pode surgir em animais mais velhos devido a doença degenerativa moderada a severa.

 

Classificação dos graus de Displasia da Anca (DA)

Grau A - Ausência de displasia
Congruência da cabeça femural e cavidade acetabular. O bordo crânio-lateral apresenta-se bem definido e ligeiramente arredondado. O espaço articular apresenta-se estreito e uniforme. O ângulo de Norberg situa-se à volta de 105º. Nas articulações excelentes, o bordo crânio-lateral envolve a cabeça femural um pouco em direção latero-caudal
Grau B – Articulações coxo-femurais quase normais
A cabeça femural e o acetábulo apresentam-se ligeiramente incongruentes e o ângulo acetabular de Norberg mede aproximadamente 105º ou o centro da cabeça femural encontra-se em posição medial em relação ao bordo dorsal do acetábulo e a cabeça femural são congruentes.
Grau C – Displasia ligeira
Incongruência da cabeça femural e do acetábulo. o ângulo de Norberg mede aproximadamente 100º e o bordo crânio-lateral encontra-se ligeiramente aplanado ou podem encontrar-se ambas as alterações. Podem encontrar-se irregularidaes ou sinais ligeiros de artrose do bordo acetabular cranial, caudal ou dorsal, bem como da cabeça e colo do fémur.
Grau D – Displasia moderada
Incongruência marcada entre a cabeça do fémur e o acetábulo com sub-luxação. O ângulo de Norberg mede ligeiramente acima de 90º. Aplanamento do bordo crânio-lateral e/ou sinais de artrose.
Grau E – Displasia grave
Sinais graves de displasia nas articulações coxo-femurais tais como: luxação ou sub-luxação grave. Ângulo acetabular de Norberg inferior a 90º. Aplanamento claro do bordo acetabular cranial. Deformação da cabeça do fémur (forma de cogumelo, aplanada) e outros sinais de artrose.

O que provoca a DA
Esta doença é provocada por uma série de fatores.
Base Genética: É uma doença hereditária, o que significa que é transmitida de pais para filhos, mas não é congénita, o que significa que pais normais podem originar filhos com D.A. pois os pais podem ser portadores dos genes, embora não apresentem sintomas da doença.
Factores ambientais: O excesso de alimento em animais jovens, pode provocar um peso excessivo num animal que ainda não possui uma estructura óssea compacta.
Exercico fisico exagerado ou violento, aumenta a laxidão articular, levando a um desiquilibrio entre a massa muscular e o desenvolvimento esquelético, o que resulta numa incongruência articular. O exercicio fisico moderado permite o desenvolvimento muscular apropriado, a estabilidade articular, o que ajuda a prevenir a D.A.
Exercício: Pode influenciar o aparecimento da D.A., pois exercidos violentos tendem a aumentar a laxitude da articulação. Recomenda-se exercício moderado durante a fase exponencial de crescimento.

Diagnóstico, controlo e prevenção da displasia da anca no cão

Síndrome de Dilatação / Torsão de Estômago

É uma patologia com graves consequências quando é detectada tardiamente.
Várias vezes os cães morrem pois os donos não conhecem os sintomas.

Causas
A dilatação / torsão do estômago é considerada como um acidente, pois não se conhecem todas as causas, embora algumas pareçam favorecer o seu aparecimento : tórax profundo e estreito, uma alimentação rica em cereais, uma só refeição por dia, exercício antes e após as refeições, um funcionamento anormal do esófago.

Reconhecer os sintomas
·Náuseas, vómitos, hiper-salivação
·Dilatação da parte anterior do abdómen (aspecto de tambor)
·Dificuldades respiratórias
·Estado de choque, evoluindo para o coma

Estes 4 sintomas surgem sucessivamente. O segundo sintoma indica que o estômago se enche de gás. O terceiro e quarto traduzem as maiores complicações: compressão da caixa torácica, complicações vasculares, neurológicas e cardíacas.

Tratamento

É necessário actuar o mais rápido possível e deslocar-se ao veterinário de urgência. Este dispõe de apenas 2 ou 3 horas antes que os problemas internos sejam demasiado importantes.

Medidas Preventivas
·Não fazer exercício 1 hora antes e depois das refeições
·Alimentar os cães individualmente
·Fazer duas refeições por dia, em adulto
·Evitar mudanças bruscas de alimentação
·Dar um alimento de alta qualidade (refeições de menor quantidade)
·Não deixar beber grandes quantidades de água imediatamente após esforços.

Outros problemas não tão habituais:

Doenças infecciosas
A melhor forma de evitar este tipo de doenças é manter o cão vacinado regularmente e dentro dos prazos estabelecidos pelo médico veterinário. A melhor forma de resolver estas doenças é mesmo a prevenção, pois quando se instalem já são mais difíceis de tratar, podendo deixar sequelas e em muitos casos podem causar a morte do cão. Desde jovem, através de uma série de vacinações específicas, o cão é imunizado para as suas doenças específicas: as esgana, a hepatite canina, a parvovirose, a leptospirose e a raiva. Deve haver uma vacinação anual com estas mesmas vacinas, durante a vida do cão. Este esquema de vacinação deve ser feito pelo médico veterinário.

Conselhos quanto aos passeios
Transportar o cão de maneira segura durante passeios e viagens de automóvel;
Não manter preso dentro do automóvel fechado, principalmente quando estiver estacionado ao sol;
Conduzir o cão à trela durante passeios em zonas de trânsito e movimento (evitará ataque por parte de outros cães, atropelamentos…)
Recolher os dejectos do seu cão na via pública.


Consciente da "posse responsável"
Seja bem-vindo ao maravilhoso mundo dos cães.